Santo Agostinho dizia que “música
e arquitectura são irmãs, porquanto ambas são filhas do número; têm igual
dignidade, tanto mais que a arquitectura espalha a harmonia eterna, tal como a
música a ecoa. (...) Agostinho usou a arquitectura, tal como o fizera com a música, para demonstrar que o número (...) é a fonte de toda a perfeição estética”. Para Simson, “no Ocidente, e sob influência de Santo Agostinho,
a beleza era concebida em termos musicais”. A própria arquitectura, na sua
linguagem de formas, “transmite visualizações que transcendem o mundo da
imaginária”, tornando visível uma harmonia suprema.
(Otto von Simson, A Catedral Gótica, Editorial Presença)
Santo Agostinho por Piero della Francesca, c. 1465 (da colecção do Museu Nacional de Arte Antiga, Lisboa) |
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