Segundo Teresa Cascudo, Lopes-Graça encontrou, na poesia de Eugénio de Andrade, "a centralidade da palavra e do seu poder para criar imagens e ritmos, o profundo humanismo, a vitalidade e a ligação à natureza, a emoção capaz de exprimir, ao mesmo tempo, a dor e a alegria".
Por seu turno, o poeta do Porto afirmou que o compositor "não abdicou de sonhar essa aliança primogénita entre palavra e música, fazendo de ambas uma única e crispada alegria". (PÚBLICO, 25-6-2005)
Só elas despem a mágoa
destes olhos, choupos meus,
carregados de sombra e rasos de água.
Só elas são
estrelas penduradas nos meus dedos.
- Ó mãos da minha alma,
flores abertas aos meus segredos.
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