Não faltam estudos a demonstrá-lo.
Foi a analogia entre a pintura abstracta de Kandinsky e o atonalismo de Schoenberg um dos pontos de partida para a minha tese de mestrado (Arquitectura, Música e Acústica no Portugal Contemporâneo, 2010):
"O
interesse pela História da Arte foi despertado em mim há alguns anos atrás
durante a Licenciatura em Ensino de Música que realizei na Universidade de
Aveiro. À medida que as outras artes me eram reveladas, crescia a vontade de as
relacionar com a Música e de perceber em que medida se podia falar, por exemplo, de «sonoridade das cores», ou seja, de uma qualidade
musical associada a um domínio artístico aparentemente tão desigual
relativamente à arte dos sons como é a pintura. A obra do pintor russo
Kandinsky é, neste contexto, um caso pertinente na História da Arte, tendo sido
grandemente influenciado pelas pesquisas atonais que o seu amigo Schoenberg
empreendia no âmbito da composição musical entre a primeira e a segunda décadas
de novecentos, época em que se vê também publicada a obra Do Espiritual na
Arte (1912)."
Descobri hoje mesmo a tese de Juliano Lamur, Brasil, subordinada a este tema, justamente: ver aqui.
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